Manaus é uma ilha no meio da foresta.
O abastecimento de gêneros alimentícios da cidade de Manaus chega via fluvial, de Belém a 1500 km e Porto Velho a 900 km de distância. Uma agricultura local diminuiria, sensivelmente, os custos deste processo de abastecimento, gerando emprego e renda, com custos menores. A agricultura orgânica é ainda mais importante, pois não necessita do uso de fertilizantes nem de ração, que também são importados.
Com a crise da zona industrial, a agricultura vem tornando-se um dos setores com maior potencialidade de desenvolvimento. Aqui estão alinhados economia e meio-ambiente.
Cultivar no Amazonas porém, é um desafio grande, pois seu solo é pobre e fraco, necessitando para tanto de técnicas específicas, técnicas essas ensinadas aos alunos nos diversos cursos da escola (assista aqui e aqui aos reportagens que a TV Globo fez sobre as experimentações de cultura organica na Escola Agricola).
Na falta de perspectiva de trabalho local, a maioria dos jovens do interior vê a cidade como a única possibilidade para superar a própria condição que é falta de educação e de trabalho. Apesar da economia estagnada, a imigração interna continua forte, gerando novas favelas. A escola, através dos seus cursos, oferece uma alternativa profissional e econômica a esses jovens, que no final do curso são certificados como técnicos em Agropecuária, contribuindo se não para a erradicação das favelas, ao menos para sua diminuição.